quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"For no one"

Agora já não sinto nada, apenas uma sensação de que tudo podia ter sido diferente.
E se eles não estivessem no comando desde o início? E se a ignorância não tivesse perdurado por tanto tempo? A ignorância, esse vício terrível, é que destruiu todas as nossas esperanças agora. E se não houvéssemos sido todos omissos à negligência? De alguma forma algo podia ter sido feito, não importa como.
Impossível não sentir tuas dores, não queimar por dentro a cada vez que te vejo desta forma. Porque, minha querida e frágil amada? Se há algo que possamos fazer, peço que nos diga. Se ainda podemos evitar algum sofrimento, quero saber como. Preciso disso para livrar-me deste fardo terrível que é esta raiva por tudo o que fizeram contigo.
Não posso carregar isso comigo.
Diga-me tudo o que estás sentindo e eu farei o máximo para aliviar-te. Faria qualquer coisa pra ouvir-te me dizendo o que sinto que precisas dizer. Queria que ao menos meu coração pudesse entender-te.

O que mais dói em mim é saber que sequer tenho forças para sentir raiva por muito tempo, minha querida. Só pergunto-me como puderam... Dói-me a alma, dói-me o corpo físico pensar sobre tudo isso.

Amo-te, e quero fazer-te sentir meu amor, ainda que tardio.
Esteja bem.


"Your day breaks, your mind aches,
You find that all her words of kindness linger on,
When she no longer needs you.
(...)
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one"

3 comentários:

Victor Enrique B. F. disse...

por Deus , um texto , penetrante e intenso . avaliação : 9,0

Vinicius disse...

Muito bom! Entrei na internet só pra ler alguns blogs, não me arrependi.

Carol Parra disse...

simplesmente me apaixonei pelos seus textos, são lindos e sinceros. Parabéns