Encho-me de mim pra escrever estas linhas; porque eu sou feita de mim mesma. Sou inteira eu. Preciso-me e basto-me.
Às vezes também preciso de outrem, a personalidade humana me fascina - mas também me assusta. Dispo minha alma, abro aquele livrinho oculto para que alguém o leia. Ah, se soubessem o quão meu ego é disfarçadamente inflado a cada vez que tenho a chance de mostrá-lo, os que se importam ao menos um pouco comigo tentariam achegar-se a mim mais vezes.
Mas também não suporto que se aproximem demais. Se a proximidade chega a ser muito grande, preciso doar-me mais do que me é permitido. Sinto falta de mim. Deixo de ser inteira, vou sendo gradativamente decifrada. Meu íntimo incógnito começa a ser desvelado... quando vejo, onde estou?
Nostalgio minha introspecção, nostalgio minha solidão.
Sou melhor comigo.
Meu egoísmo se revela cada vez mais.
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